🌿 Quando Você Sente Tudo: A Jornada das Almas Esponja

Existem pessoas que não apenas escutam, mas sentem tudo.
Sentem o humor da sala ao entrar.
Sentem a angústia escondida por trás de um sorriso.
Sentem o pensamento do outro atravessando o próprio corpo.
Sentem até o peso dos objetos, a história de uma casa, a vibração dos animais e das plantas.

Essas pessoas são chamadas de muitas coisas: empatas, sensitivas, esponjas, exageradas, dramáticas.
Mas, na verdade, são apenas profundamente vivas.

Elas não têm fronteiras claras entre o mundo interno e o externo.
Tudo toca, tudo entra.
É como viver com os poros da alma abertos.
E isso pode ser uma dádiva — e um grande desafio.

🌀 Quando tudo entra, quem sou eu?

O maior dilema dessas almas sensíveis não é sentir —
é não saber mais o que é seu.

Será que essa tristeza é minha?
Esse cansaço veio de onde?
Por que me senti mal depois de conversar com aquela pessoa?
Por que estou com raiva se estava bem há cinco minutos?

Essa confusão não é fraqueza.
É um chamado.

É um chamado da alma dizendo:
"Você nasceu para sentir. Mas agora é hora de ancorar."

🌙 A alma esponja não veio ao mundo para se perder nos outros.

Ela veio para transmutar.

Ela veio para reconhecer emoções esquecidas, iluminar dores escondidas, devolver humanidade onde foi arrancada.
Mas isso só é possível quando aprende a voltar para si.

Voltar para si não é se fechar.
É criar um contorno de luz em torno do seu campo.
É permitir que o mundo seja sentido sem que você desapareça dentro dele.

🕊️ O corpo como âncora

A sensibilidade espiritual só encontra paz quando a presença corporal é restaurada.

Pisar descalça no chão.
Respirar fundo três vezes com intenção.
Sentir os dedos tocando uma superfície.
Falar o próprio nome em voz alta.
Colocar uma mão no coração e outra no ventre.

Tudo isso são portas de volta para o seu centro.

🌺 Não é sobre parar de sentir.

É sobre sentir com escolha.

É sobre saber quando abrir as janelas da alma e quando fechar as cortinas para descansar.
É sobre saber que você pode amar sem absorver, ouvir sem carregar, acolher sem se perder.

Você não é fraca por precisar de silêncio.
Você não é egoísta por colocar limites.
Você não é esquisita por perceber coisas que os outros ignoram.
Você é um dom vivo do sagrado.

E mesmo quando o mundo te chamar de exagero, você sabe:
o que sente é real.
E há outros como você.

Você está abrindo caminho para que mais almas sensíveis encontrem o próprio chão.
E isso…
é cura coletiva.